domingo, 27 de abril de 2008

Pesquisador defende pulverização aérea contra a dengue

(Enviada por José Augusto Duque Estrada)

Sábado, 26 de abril de 2008, 11h35 Atualizada às 12h09


A pulverização aérea do inseticida Malathion pode eliminar em 30 dias, "no máximo", os focos do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegipty. A avaliação é do diretor do Centro Brasileiro de Bioaeronáutica (CBB), Marcos Vilela, ao lembrar que esse serviço vem funcionando no mundo inteiro "há mais de 50 anos".

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Ele citou os casos de países como Hungria e Cuba e estados norte-americanos, como Maryland, Califórnia, Flórida, Nova York e Massachussets, que realizariam pulverizações desse tipo de forma rotineira.

Vilela denunciou que no Brasil haveria uma "pressão medieval contra a aplicação de inseticidas". Agrônomo há 50 anos, ele disse estar sensibilizado com a situação da epidemia de dengue, no estado em especial.

"A alternativa seria a eliminação tanto dos mosquitos adultos, como das larvas. Só que isso é impossível. Com a dimensão que a coisa tomou, nós não temos como atingir todos os depósitos de água da Baixada Fluminense. A única alternativa é a aplicação aérea, que é feita no mundo todo", salientou.

Ele qualificou de falsas as teorias que afirmam que uma pulverização aérea não acabaria com os focos do Aedes aegipty: "É um academismo que não tem sentido." Recordou que em 1975, quando ocorreu uma epidemia de encefalite eqüina transmitida pelo Aedes aegipty em cidades do litoral paulista, a Superintendência de Controle de Endemias de São Paulo (Sucen) conseguiu controlar aquele ciclo com aplicações aéreas de inseticida.

Após três aplicações seguidas do Malathion, contou, 98% dos mosquitos adultos e 90% de larvas são eliminados ao ar livre. Dentro de casa, indicou que a política deve continuar sendo a de evitar criadouros.

Marcos Vilela enfatizou a urgência da adoção de medidas mais enérgicas para combate à dengue: "Existe a possibilidade de essa epidemia não parar. E nós vamos deixar morrer centenas e centenas de pessoas até chamar os americanos para vir pulverizar o Rio de Janeiro, se nós temos toda a tecnologia aqui?", indagou. O estado já totalizaria mais de 100 mil pessoas infectadas.

O agrônomo contou que elaborou o primeiro projeto de aplicação de inseticida via aérea para a capital fluminense em 1987, quando houve a primeira crise de dengue no estado. Desde essa data, acrescentou, procurou o Ministério da Saúde mas ouviu que "isso não funciona, não interessa".

O serviço de pulverização, segundo ele, deveria ser feito pela iniciativa privada, cabendo ao governo a função de fiscalizar. O custo de três aplicações seria de R$ 5 milhões e Vilela informou que oito aviões estão disponíveis nos estados de Mato Grosso e Goiás cada avião poderia fazer 200 aplicações.

O Centro Brasileiro de Bioaeronáutica é uma entidade privada, criada em 1998, que se dedica à promoção de pesquisas, treinamento e consultoria em aviação agrícola.

Agência Brasil

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dengue no Rio: número de mortes ultrapassa o da epidemia de 2002

22/04/2008 - 19h52
Da Redação
No Rio de Janeiro
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A epidemia de dengue no Rio de Janeiro já é a pior registrada no Estado, em número de mortos, desde 1986, quando os números começaram a ser compilados. Na noite desta terça-feira (22), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou 92 mortes pela doença em todo o território fluminense. A marca supera os 91 óbitos da epidemia de 2002, que era a pior até agora. Além das 92 mortes confirmadas, outras 96 ainda estão sob investigação no Rio.

No balanço foram registrados 110.783 casos da doença no Estado. A capital continua sendo a região mais atingida, com 59.044 pessoas infectadas pela doença e 55 mortes confirmadas. O número de óbitos de pessoas com idade inferior a 15 anos chega a 42% do total. Já são 32 as vítimas fatais da dengue hemorrágica, o tipo mais grave da doença.

O município de Angra dos Reis ainda é o que registra o segundo maior número de casos no Estado, com 6.467 moradores contaminados pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. As demais regiões com maior número de doentes são Nova Iguaçu, Campos dos Goytacazes e Duque de Caxias.

Adiamento da campanha de vacinação é negado

O Ministério da Saúde negou o pedido da Secretaria municipal de Saúde para adiar a campanha de vacinação contra a gripe em idosos no Estado do Rio de Janeiro. As datas da campanha permanecem igual ao resto do país, com início no dia 26 de abril e encerramento em 9 de maio.

O objetivo era evitar um grande aumento na procura por atendimento nas unidades hospitalares, já que alguns efeitos colaterais da vacina se assemelham aos sintomas da dengue. Na próxima quinta-feira (24) a Secretaria volta a discutir o assunto para encontrar a melhor solução para o caso.

* do UOL Últimas Notícias

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Dengue 'ameaça status de Primeiro Mundo do Brasil', diz jornal

21/04/2008 - 07h13
A epidemia da dengue ameaça o status favorável que o Brasil conquistou no setor econômico e revela o "lado escuro do Rio de Janeiro", diz uma reportagem publicada nesta segunda-feira no jornal americano "Los Angeles Times".

"O país parece propenso a conquistar o status de Primeiro Mundo. Mas moradores da auto-proclamada cidade maravilhosa estão preocupados e irritados com uma aflição do Terceiro Mundo -a dengue", diz o texto.

Folha Imagem
ESPECIAL DENGUE: COMO PREVENIR
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O jornal traz números de autoridades de saúde brasileiras e afirma que, até a última sexta-feira, a doença teria matado pelo menos 87 pessoas no estado do Rio de Janeiro e mais de 93 mil teriam sido infectadas. Segundo a matéria, "a maioria dos casos teria acontecido na cidade do Rio, a principal atração turística do Brasil".

Segundo o jornal, os cariocas não estariam culpando o mosquito transmissor da doença, Aedes aegypti, pela epidemia, mas "atacando o que chamariam de uma resposta tardia e confusa do governo" por causa da lentidão nas ações de fumigação.

O "Los Angeles Times" compara a reação das autoridades brasileiras, que "se acusam mutuamente" com um jogo de acusações similar ao que aconteceu durante a crise provocada pelo furacão Katrina, nos Estados Unidos.

Outra comparação feita pela reportagem é baseada na afirmação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de que "é preciso combater a dengue do mesmo modo que não podemos tolerar a ocupação das favelas pelos traficantes de drogas".

De acordo com o jornal, assim como a guerra entre os policiais e os traficantes nas favelas, a epidemia da dengue "se transformou em uma mancha na imagem glamourosa do Rio".

Segundo o diário americano, há relatos de uma diminuição no número de reservas em hotéis da cidade, apesar da acusação de alguns críticos de que o governo estaria "colocando panos quentes na epidemia para não assustar os turistas".

No entanto, diz o jornal, "a notícia já se espalhou" e as embaixadas de vários países já estariam alertando os turistas sobre as prevenções.

Uol Ciência e Saúde

sábado, 12 de abril de 2008

Filipinas alertam para epidemia de dengue

12/04/2008 - 07h02

Zamboanga (Filipinas), 12 abr (EFE).- As autoridades da saúde da região de Zamboanga, no sul das Filipinas, alertaram hoje para a pior epidemia de dengue no país desde 2005, com 642 casos registrados no primeiro trimestre do ano.

Este número é quatro vezes maior que o total de contágios detectados no mesmo período de tempo há três anos, e é atribuído tanto à irregularidade da climatologia como à falta de conscientização dos cidadãos, assegurou o médico Aristedes Tan, diretor do Departamento de Saúde de Mindanao Ocidental.

Tan explicou que chove intensamente durante a noite, mas faz um intenso calor pelo dia, o que favorece a aparição de poços de águas paradas, habitat do mosquito transmissor da dengue.

As Filipinas registraram 411 mortes causadas pela dengue em 2007, 12% a mais que em 2006, segundo dados oficiais.

UOL

sexta-feira, 11 de abril de 2008

'Dengue é repelente para turistas', diz jornal argentino

11/04/2008 - 05h20

A epidemia de dengue no Brasil está funcionando como "um repelente para turistas", de acordo com a edição desta sexta-feira do jornal argentino Página/12. A reportagem diz que a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira estima que as reservas turísticas de estrangeiros caíram 20% nos últimos dias.

A própria ministra brasileira do Turismo, Marta Suplicy, reconhece isso, dizendo que foi reduzida sobretudo a chegada de turistas da Espanha, de Portugal e da Itália e, em menor escala, da Argentina, diz o jornal.

Citando dados da Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro, o Página/12 informa que nos últimos cem dias foram registrados pelo menos 75.399 casos de dengue - 82 resultaram em morte.

Segundo a reportagem, o diretor de Prevenção de Enfermidades e Riscos do Ministério da Saúde da Argentina, Hugo Fernández, afirmou que "não há recomendação oficial para não se viajar ao Rio de Janeiro", mas aconselha os viajantes que se protejam usando calças compridas, camisas de manga comprida e repelente para insetos - "enfim, tudo o que minimize a possibilidade de picadas de mosquito".

Casos na Argentina Na Argentina, há quatro casos de dengue confirmados - dois em Buenos Aires de pessoas que viajaram para a América Central; um em Córdoba de uma pessoa que retornou do Rio de Janeiro e um último caso na província de Salta, diz o jornal.

Mas pode haver mais casos. A Secretaria da Saúde da província de Missiones aguarda exames em 19 pessoas com suspeita de haver contraído a doença; na província de Mendoza, três pessoas que passaram as férias em Camboriú, em Santa Catarina. O Página/12 atribui os dados a Fernández.

O funcionário do Ministério da Saúde da Argentina descarta a possibilidade de uma epidemia de dengue no país. Segundo ele, na Grande Buenos Aires, "a queda na temperatura própria desta época torna improvável o desenvolvimento do (mosquito) Aedes (Aegypti)", transmissor da doença, embora "no norte da Argentina possam ocorrer casos endêmicos, como em outros anos".

UOL

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Número de mortos por dengue no Rio já chega a 80 neste ano

0/04/2008 - 17h28

Colaboração para a Folha Online, no Rio

Mais uma morte por dengue em 2008 foi confirmada no Rio nesta quinta-feira. Com isso, já são 80 as pessoas mortas pela doença no Estado do Rio neste ano. Na capital, são 47 casos de morte confirmadas este ano.

Somente nos quatro primeiros meses deste ano, o Rio já teve mais casos de dengue notificados que em todo o ano passado, segundo balanço divulgado ontem (9) pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio. Segundo o relatório, há 75.400 casos de dengue relatados só neste ano --contando com a 80ª morte confirmada hoje. Em 2007, foram 66.553 ao todo.

A morte confirmada hoje foi de um homem de 81 anos, morador do Méier (zona norte). O nome não foi divulgado. Ele estava internado com dengue no hospital municipal Salgado Filho, no Méier, e morreu no dia 20 de março, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio. O caso já entrou nas estatísticas oficiais do governo do Estado.

O número de pessoas com a doença até quarta-feira (2) passada era de 57.010. Ontem, a secretaria divulgou que o volume de casos saltou para 75.399. Com isso, a quantidade de notificações de dengue já ultrapassam as registradas em todo o ano passado --66.553, segundo dados da secretaria.

De todas as notificações, 45.663 concentram-se na cidade do Rio. Os outros foram registrados em municípios como Angra dos Reis (5.157), Nova Iguaçu (4.437), Campos dos Goytacazes (3.309) e Duque de Caxias (2.290).

domingo, 6 de abril de 2008

Médicos gaúchos viajam para ajudar RJ contra dengue

06/04/2008 - 19h28

Porto alegre - Uma equipe de 20 médicos gaúchos vai se integrar à frente de combate à dengue do Rio de Janeiro amanhã. O grupo, formado por pediatras e especialistas em medicina da família de diversos hospitais públicos e privados do Rio Grande do Sul, se encontrou hoje no Aeroporto Salgado Filho para viajar.

A primeira atividade será conhecer o protocolo local. Em seguida os médicos começarão a prestar assistência a crianças nas Unidades de Pronto Atendimento montadas no bairro da Penha, onde há a maior incidência da doença.

As despesas de alimentação e hospedagem serão pagas pelo governo do Rio de Janeiro, que também vai remunerar com R$ 500 cada plantão de 12 horas feito por médicos de hospitais privados. As passagens para o deslocamento do grupo foram oferecidas pela TAM. A equipe deve ser substituída por outra, também do Rio Grande do Sul, depois de 15 dias de trabalho. Outros Estados também vão participar da rede de ajuda ao Rio de Janeiro.

O secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, lembrou que o Estado foi eficiente para controlar um surto de dengue em abril do ano passado e evitar novos casos desde aquela época. Mas também admitiu que os médicos gaúchos que forem ao Rio de Janeiro ganharão experiência em saúde pública ao vivenciarem uma situação de catástrofe. "A ação deles será positiva para o Rio Grande do Sul, o Rio de Janeiro e principalmente para as crianças que serão salvas."

Elder Ogliari

UOL

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Município fluminense testa armadilha de captura do mosquito da dengue

04/04/2008 - 18h00

Alana Gandra
Da Agência Brasil

Começou hoje (4) no município de Saquarema, na Região dos Lagos fluminense, uma campanha de mobilização de combate ao mosquito da dengue com ações educativas e a distribuição de armadilhas de captura ao mosquito, as chamadas mosquitoeiras.

Com a participação do infectologista do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maulori Cabral, a campanha tem o objetivo de evitar uma epidemia da doença com a participação efetiva da população, por meio de ações educacionais. Estão envolvidos moradores de Saquarema, funcionários da prefeitura, agentes de saúde, além de alunos e professores de escolas públicas e privadas.

A mosquitoeira genérica foi desenvolvida e patenteada pela UFRJ e aprovada pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. "Essa mosquitoeira é um instrumento educacional", destacou o infectologista.

Segundo Cabral, é fácil confeccionar uma mosquitoeira para captura do mosquito que transmite o vírus da dengue. "Todo mundo pode fazer", garantiu. Ele lembrou que a experiência foi iniciada com êxito pela prefeitura de Saquarema, no primeiro semestre do ano passado.

Estudantes prepararam as armadilhas, como parte de atividades escolares e as levaram para casa. O objetivo era, depois, avaliar os resultados. O primeiro teste foi um sucesso e a experiência foi, então, repetida no segundo semestre. No segundo teste, conseguiu-se uma maior mobilização por parte da população.

A mosquitoeira genérica pode ser feita em casa. O material necessário é fita isolante, microtule, garrafa PET e um pedaço de lixa para acertar a boca da garrafa. No interior da armadilha, são colocados grãos de arroz cru com palha triturados, ou alpiste, e água.

"Só isso. Essa mosquitérica serve como maternidade para o mosquito. As fêmeas vão botar ovo lá porque tem ambiente com água, está na sombra e tem bastante comida para garantir a sobrevivência da prole. Só que a prole que vai nascer não tem condições de ganhar a liberdade e morre lá dentro. Ou seja, você elimina a próxima geração do mosquito", explicou o infectologista.

Amanhã (5), a UFRJ vai aplicar a experiência na Ilha do Governador, na capital fluminense. Será a primeira vez que as mosquitoeiras serão testadas numa área em que a população não é flutuante, como ocorre em Saquarema.

UOL

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Epidemia de Dengue pode se tornar sistêmica no país

03/04/2008 - 15h51

Estudo aponta que dez capitais devem estar em alerta para possíveis surtos de dengue

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Além do Rio de Janeiro, outras dez capitais devem estar em alerta para um possível surto de dengue segundo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), do Ministério da Saúde. Em outras duas capitais, Porto Velho (RO) e Salvador (BA), a situação é mais grave e é classificada pelo relatório como risco de surto. O levantamento apurou a infestação do mosquito em 171 municípios que possuem maior risco de proliferação. O resultado foi divulgado em novembro de 2007 para que cada localidade aplicasse medidas preventivas.

As capitais em estado de alerta são Manaus (AM), Belém (PA), Palmas (TO), Maceió (AL), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), São Luiz (MA), Recife (PE), Aracaju (SE) e Vitória (ES).

Em Fortaleza, o secretário municipal de saúde, Odorico Monteiro de Andrade, já transferiu seu gabinete para o Centro de Controle de Endemias da cidade. "A secretaria está muito preocupada, nós consideramos a situação pré-epidêmica e estamos trabalhando para manter o controle e, na pior das hipóteses, se houver epidemia, que nós tenhamos um controle sobre ela", disse em entrevista à Agência Brasil.

Em 2008 foram registrados em Fortaleza cerca de 2.150 casos de dengue, com sete óbitos ainda em investigação. Andrade afirmou que o trabalho está sendo realizado em dois eixos: prevenção - com a ação de 1.150 agentes de endemia para eliminar criadouros do mosquito - e manejo clínico de casos de dengue.

"Estamos fazendo um esforço importante de treinamento e capacitação de funcionários da saúde para fazer um diagnóstico diferencial entre a virose dengue e a não-dengue. Com isso a gente pode tratar adequadamente [os doentes] e evitar óbitos". Segundo o secretário, o combate à doença acontece durante todo o ano e é intensificado no inverno.

Em Manaus, até ontem, foram registrados 3.789 casos suspeitos - o número já ultrapassa os contabilizados no ano passado. Desses, 1.428 já foram confirmados, sendo 63 de dengue hemorrágica, com 5 mortes. Para a diretora de epidemiologia e ambiente do município, Leila Brasil, o quadro ainda não configura epidemia, mas a Fundação de Vigilância de Saúde de Manaus, em parceria com a secretaria estadual de saúde, já trabalha na Operação de Impacto de Combate à Dengue.

Segundo Leila, nas últimas semanas, os registros diminuíram e a população está mais sensível à necessidade de eliminar os focos de reprodução do Aedes aegypti. "Já fizemos várias passeatas em distritos que tinham alta densidade de mosquito, entregando material com informações sobre a dengue e alertando a população", contou.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse hoje (2) pela manhã que alguns estados merecerão atenção especial durante todo o ano de 2008 para evitar situações semelhantes à ocorrida no Rio de Janeiro esse ano.

"Na Região Norte a nossa preocupação são com os estados do Pará, Rondônia e Amazonas. No Nordeste, a Bahia, o Rio Grande do Norte e Sergipe", enumerou.

De acordo com Temporão, esses estados apresentam um número maior de casos em 2008, mas em termos quantitativos, a situação no Rio de Janeiro é muito mais grave. "No Rio você tem 50 mil casos e algumas centenas em outros estados", comparou.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Em uma semana, RJ registra 14 mil casos de dengue; total chega a 57 mil

02/04/2008 - 20h35

da Folha Online

O total de casos de dengue registrados no Estado do Rio de Janeiro em 2008 passou dos 57 mil, segundo relatório da Secretaria Estadual da Saúde divulgado nesta quarta-feira. O novo balanço apresenta um aumento de cerca de 14 mil casos em relação ao relatório anterior, da quarta-feira passada (26).

A capital do Estado ainda é a cidade com maior número de casos, com 36.647. Nova Iguaçu, na região metropolitana tem 3.643 registros e Angra dos Reis 3.711.

O número de mortes atingiu 67 no Estado, 13 a mais que no último relatório --todas na cidade. Desse total, 21 tiveram a dengue hemorrágica. Ainda de acordo com o último relatório, 58 mortes suspeitas ainda são investigadas.

Hoje o governador Sérgio Cabral (PMDB) declarou que estuda pedir ajuda do governo de Cuba para resolver a falta de médicos. "Cuba tem uma excelente tradição na área de saúde pública", disse.

Cabral afirmou ainda que há três tendas de hidratação --espaços montados pelo governo do Estado próximo a hospitais do Rio para auxiliar o atendimento a pacientes com dengue-- sem funcionamento por causa da falta de médicos no Estado.

"Temos carência de médicos. As tendas da Gávea [zona sul], da Penha [zona norte] e do Méier [zona norte] estão prontas esperando por profissionais", declarou.

Gaúchos

Entre 15 e 20 pediatras da rede estadual do Rio Grande do Sul serão enviados ao Rio de Janeiro para ajudar no atendimento a pacientes com dengue. O governo gaúcho foi o primeiro a atender ao pedido feito pelo secretário estadual de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, para que médicos de outros Estados auxiliem no atendimento aos doentes.

Os médicos, que pertencem a hospitais estaduais e federais gaúchos, embarcarão para o Rio no próximo domingo (6), e ficarão em unidades de saúde do Estado por cerca de duas semanas, informou a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul.