O principal objetivo da pesquisa é conferir qual dos métodos utilizados é mais eficaz na captura, principalmente, das fêmeas do mosquito para auxiliar no controle de vetores e possibilitar um melhor monitoramento.
Crédito: Edemir Rodrigues
As regiões Norte, Centro-oeste, Nordeste e Sudeste vão participar de estudo inédito, realizado pelo Ministério da Saúde, sobre a eficácia e eficiência de armadilhas para mosquito da dengue.
O principal objetivo da pesquisa é conferir qual dos métodos utilizados é mais eficaz na captura, principalmente, das fêmeas do mosquito para auxiliar no controle de vetores e possibilitar um melhor monitoramento das regiões com os maiores índices de incidência do mosquito. Assim, as ações de prevenções poderão ser melhor planejadas.
Serão testados os modelos Adultrap (da Universidade de São Paulo), Ouvitrampa (da Universidade Federal de Minas Gerais) e o BG-Trap. Na região Centro-oeste, somente o município de Campo Grande participará da pesquisa que será aplicada nos bairros Guanandi, Planalto e Vila Carvalho. A escolha desses locais foi estritamente técnica levando em conta, entre outros critérios, o índice de infestação do mosquito, a população e o tamanho dos bairros.
O estudo vai durar dois anos, ou seja, em todas as estações (verão, outono, inverno e primavera), as armadilhas serão testadas para somente depois o ministério ter o resultado científico final dos produtos testados.
As armadilhas serão colocadas em algumas residências dos locais definidos por técnicos capacitados pelos pesquisadores da Fundação Osvaldo Cruz (FioCruz). O treinamento dos técnicos aconteceu nos dias 5 e 6 de novembro e a definição de campo no dia 9. A duração do tempo em que cada armadilha permanecerá nas residências deve variar em até sete dias/mês.
O ministério atento às inovações tecnológicas e com intuito de, cada vez mais, possuir ferramentas de trabalho que contribuam para a prevenção da doença tomou a iniciativa de realizar este estudo para confirmar, de fato, o que os fabricantes dos modelos afirmam, pois os produtos já estão à venda no mercado.
Estão à frente do estudo o Ministério da Saúde - por meio do Programa Nacional de Combate à Dengue (PNCD) -, a Secretaria de Estado de Saúde em MS, a FioCruz e a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau).
A doença
A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.
O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.
Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e conseqüências como a morte.
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. Seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti que, após um período de 10 a 14 dias, contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias.
Com informações do Ministério da Saúde
Fonte: Notícias MS